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Sua empresa é uma gitfwork ou é só mais uma empresa pseudo-inovadora?

A regra do “você é pago para fazer” e de estruturas rígidas já não deve prevalecer diante de um cenário de alta competitividade

Autor: Fernando CoelhoFonte: Administradores.comTags: empresariais

O que faz uma empresa ser, de fato, um bom local para se trabalhar? Política de plano de carreira, remuneração, benefícios, bom clima entre os pares... mas, só isso é o suficiente?

O consultor Robert Levering foi questionar o que acontece nas melhores empresas para e o que as tornam tão mais competitivas que as concorrentes. Sabe qual a resposta? Essas empresas são generosas.

Levering, durante uma pesquisa minuciosa revelou que nessas organizações existe um fenômeno chamado “giftwork”, que traduzindo para o português podemos desmembrar em:

gift - "presente" ou "doação"

work - "trabalho"

Na gestão contemporânea, segundo o consultor, a relação entre empresa e colaborador precisa ser norteada pela generosidade. Isso significa que a estrutura empresarial deve ser como uma troca constante de presentes entre si, ou seja, a empresa não enxerga seu funcionário como um mero empregado, o que comprovadamente melhora a produtividade e comprometimento.

A regra do “você é pago para fazer” e de estruturas rígidas já não deve prevalecer diante de um cenário de alta competitividade. A ideia do giftwork é bem simples. Hoje qualquer trabalho é considerado commodity: você é contratado para desempenhar determinada atividade, em um dado período de tempo, em troca você recebe um salário. Já as melhores empresas irão constantemente reconhecer o trabalho bem-feito de seus colaboradores e enaltecê-los, porém não para aí. É importante que os dirigentes e gestores demonstrem generosidade pelas suas equipes, isso gera reciprocidade (o funcionário também demonstrará generosidade pela empresa) e faz com que a relação empresa/empregado não seja meramente mercenária.

Em uma de suas entrevistas Robert Levering nos traz um exemplo simples: “quando um colaborador enfrenta uma crise pessoal sem relação com o trabalho, quando um funcionário precisa de um tempo para cuidar de questões pessoais ou familiares, como uma necessidade de uma agenda mais flexível. Em situações dessa natureza, as melhores empresas têm programas ou políticas que são percebidas pelos funcionários como sendo generosas.”

E o que a empresa ganha? Reciprocidade, respeito e o melhor, engajamento, o colaborador cria um vínculo forte com a organização, tomando-a como sua e não medindo esforços para torná-la melhor.

E aí, sua empresa é uma gitfwork ou é só mais uma empresa pseudo-inovadora?